O estado alterado de consciência e a falta temporária de ego resultante do uso de drogas psicodélicas podem ajudar alguns pacientes de saúde mental a se recuperarem de seus sintomas, de acordo com acadêmicos da Universidade de Adelaide.
Pesquisadores do Departamento de Filosofia da Universidade têm estudado o corpo de evidências em torno do uso de drogas psicodélicas, como LSD e cogumelos mágicos, e o impacto que elas têm no senso de "eu" das pessoas .
Em um novo artigo a ser publicado on-line hoje na Aeon, os autores, o professor Philip Gerrans e o recém-formado em PhD, Dr. vício.
"Sabemos muito sobre a neuroquímica das drogas psicodélicas e como elas funcionam no cérebro. O que é pouco compreendido é a relação mais complexa entre o cérebro, nosso senso de identidade e como percebemos o mundo", diz o professor Gerrans, que tem pesquisado a autorrepresentação em transtornos psiquiátricos.
Em um artigo recente publicado na revista Neuroscience of Consciousness , o professor Gerrans e o Dr. dissolvido".
"Essa 'dissolução do ego' resulta em um momento de consciência expandida, um sentimento em que a mente é colocada em contato mais direto e intenso com o mundo", diz o professor Gerrans.
"Através desta experiência com psilocybe cubensis, pode ser possível reprojetar os mecanismos do eu, o que, por sua vez, pode mudar a perspectiva ou visão de mundo das pessoas. O profundo senso de conexão produzido por esta experiência tem o potencial de ser benéfico para pessoas que sofrem de ansiedade, depressão , e algumas formas de vício", diz ele.
Letheby diz que uma das razões pelas quais os transtornos psiquiátricos são tão difíceis de superar é que é quase impossível para os pacientes verem as coisas de maneira diferente.
“As pessoas que passam por experiências psicodélicas não mais consideram que a maneira como veem as coisas é a única maneira”, diz o Dr. Letheby.
"Os psicodélicos cubensis 10g podem ajudar a esclarecer as pessoas sobre os processos por trás de sua subjetividade. A dissolução do ego oferece uma prova experimental vívida não apenas de que as coisas podem ser diferentes, mas de que há uma oportunidade de buscar a mudança."
Os pesquisadores não defendem o uso recreativo não supervisionado de drogas psicodélicas .
“Essas drogas foram originalmente pesquisadas e usadas como tratamentos para várias condições psiquiátricas em meados do século 20, com psiquiatras na década de 1950 alegando sucesso no tratamento do alcoolismo e outras condições de saúde mental .
"Talvez seja hora de essas drogas retornarem à psiquiatria, sob circunstâncias controladas. Mais pesquisas seriam necessárias para estabelecer o quão importantes elas poderiam ser como parte de um programa de tratamento geral", diz o professor Gerrans.
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