A integração da medicina sagrada nos tratamentos médicos convencionais

A medicina sagrada, também conhecida como medicina tradicional, é uma prática ancestral que tem sido utilizada por povos indígenas e tribais em todo o mundo para tratar doenças físicas, mentais e espirituais.

Essa medicina inclui o uso de plantas de poder, como a ayahuasca, o cacto peyote e os cogumelos sagrados, que são considerados sagrados pelas culturas que os utilizam.

Nos últimos anos, a medicina sagrada tem sido cada vez mais estudada por pesquisadores e profissionais da saúde, que buscam entender seu potencial terapêutico e integrá-la aos tratamentos médicos convencionais.


Neste artigo, vamos explorar a integração da medicina sagrada nos tratamentos médicos convencionais, abordando estudos e pesquisas de faculdades renomadas, além de apresentar dicas práticas de como incluir essa medicina em nosso cotidiano.

Plantas de poder: ayahuasca, cacto peyote e cogumelos sagrados

As plantas de poder, também conhecidas como plantas enteógenas, são utilizadas há milhares de anos em cerimônias religiosas e rituais sagrados por tribos e povos indígenas em todo o mundo. Algumas dessas plantas incluem a ayahuasca, o cacto peyote e os cogumelos sagrados.

A ayahuasca é uma bebida que é feita a partir da combinação de duas plantas, a chacrona e a jagube, que são encontradas na floresta Amazônica. É usada em rituais religiosos por povos indígenas da região, como o Santo Daime e a União do Vegetal, e também tem sido estudada como uma possível terapia para o tratamento de transtornos mentais, como a depressão e o transtorno de estresse pós-traumático.

O cacto peyote, também conhecido como mescalina, é encontrado no deserto do México e é utilizado em cerimônias religiosas por tribos indígenas, como os Huicholes e os Navajos. É conhecido por seus efeitos alucinógenos e tem sido estudado como uma possível terapia para o tratamento de transtornos mentais, como a ansiedade e a dependência química.

Os cogumelos sagrados, também conhecidos como psilocibina, são encontrados em várias partes do mundo, incluindo América do Sul, América Central e Ásia. São utilizados em cerimônias religiosas por tribos indígenas, como os Mazatecas, e também têm sido estudados como uma possível terapia para o tratamento de transtornos mentais, como a depressão e a ansiedade.

Leia + Auto cura Reike em 7 passos

Estudos e pesquisas sobre a medicina sagrada

Nos últimos anos, a medicina sagrada tem sido objeto de estudos e pesquisas de várias faculdades e instituições renomadas em todo o mundo. Um desses estudos foi realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, e publicado no Journal of Psychopharmacology em 2016. O estudo avaliou os efeitos da psilocibina, o componente ativo dos cogumelos sagrados, no tratamento da depressão em pacientes com câncer. Os resultados mostraram que a psilocibina produziu efeitos antidepressivos significativos e duradouros em pacientes que não haviam respondido ao tratamento convencional.

Outro estudo, publicado no periódico The Lancet Psychiatry em 2018, avaliou os efeitos da ayahuasca no tratamento da depressão. O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo e da Universidade de Exeter, no Reino Unido, e envolveu 29 pacientes com depressão resistente ao tratamento convencional. Os resultados mostraram que a ayahuasca produziu efeitos antidepressivos significativos, e que esses efeitos foram mantidos durante pelo menos seis meses após o tratamento.

Esses estudos são apenas alguns exemplos do crescente interesse da comunidade científica em relação à medicina sagrada e seus potenciais benefícios terapêuticos. No entanto, é importante ressaltar que esses estudos são ainda preliminares e que mais pesquisas são necessárias para avaliar a eficácia e a segurança dessas terapias.

Integração da medicina sagrada nos tratamentos médicos convencionais

Embora a medicina sagrada ainda seja vista por muitos como uma prática alternativa, há um crescente interesse em sua integração com a medicina convencional. Alguns profissionais da saúde já começaram a incluir a medicina sagrada em seus tratamentos, e há clínicas e instituições que oferecem terapias baseadas em plantas de poder.

Um exemplo de integração da medicina sagrada nos tratamentos convencionais é o uso da ayahuasca em terapias psicodélicas. Essas terapias são realizadas em clínicas especializadas e envolvem o uso de plantas enteógenas, como a ayahuasca, sob a supervisão de profissionais treinados. Essas terapias têm sido utilizadas no tratamento de transtornos mentais, como a depressão, a ansiedade e o transtorno de estresse pós-traumático, e têm mostrado resultados promissores.

Outro exemplo de integração da medicina sagrada nos tratamentos convencionais é o uso da psilocibina em terapias assistidas por psicodélicos. Essas terapias envolvem o uso controlado da psilocibina sob a supervisão de profissionais treinados, e têm sido utilizadas no tratamento de transtornos mentais, como a depressão e a ansiedade.

Leia + Ayahuasca está ligada à melhoria da sensação de bem-estar

Dicas práticas para a inclusão da medicina sagrada no cotidiano

Embora a medicina sagrada ainda seja vista por muitos como uma prática alternativa, há maneiras de incluí-la em nosso cotidiano de forma leve e segura. Algumas dicas práticas incluem:

  1. Buscar informações sobre as plantas de poder e suas propriedades terapêuticas;
  2. Participar de cerimônias e rituais sagrados com plantas de poder, sempre sob a supervisão de profissionais treinados;
  3. Praticar a meditação e outras práticas espirituais que ajudem a conectar com a natureza e com o sagrado;
Incorporar o uso de plantas medicinais em sua rotina, como chás e infusões de ervas, sempre tendo cuidado com as dosagens e possíveis interações medicamentosas;

5. Procurar por profissionais de saúde que integrem a medicina sagrada em seus tratamentos, como terapeutas holísticos e naturopatas;

  1. Ler livros e artigos sobre a medicina sagrada e suas aplicações terapêuticas, para expandir o conhecimento e compreensão sobre o assunto;
  2. Participar de grupos de discussão e comunidades online que abordem o tema da medicina sagrada, para trocar informações e experiências com outras pessoas interessadas no assunto;
  3. Respeitar as tradições e culturas dos povos que utilizam a medicina sagrada em seus rituais e cerimônias, evitando a apropriação cultural;
  4. Ter sempre em mente que a medicina sagrada não é uma solução mágica ou rápida para problemas de saúde, e que deve ser utilizada de forma consciente e responsável, sempre em conjunto com tratamentos médicos convencionais quando necessário;
  5. Buscar o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal através das práticas e terapias sagradas, respeitando sempre os limites e necessidades de cada indivíduo.

Conclusão

A medicina sagrada tem sido utilizada há milhares de anos por diferentes culturas ao redor do mundo, e tem despertado um crescente interesse da comunidade científica em relação aos seus potenciais benefícios terapêuticos.

Embora ainda haja muito a ser pesquisado e explorado sobre o tema, a integração da medicina sagrada nos tratamentos médicos convencionais tem mostrado resultados promissores no tratamento de diferentes transtornos mentais e emocionais.


É importante ressaltar que a medicina sagrada não deve ser vista como uma solução mágica ou rápida para problemas de saúde, e que deve ser utilizada de forma consciente e responsável, sempre em conjunto com tratamentos médicos convencionais quando necessário.

Além disso, é fundamental que a medicina sagrada seja praticada sob a supervisão de profissionais treinados e qualificados, e que sejam respeitadas as tradições e culturas dos povos que a utilizam em seus rituais e cerimônias.


Incluir a medicina sagrada em nosso cotidiano pode ser uma forma de buscar o autoconhecimento, a conexão com a natureza e com o sagrado, e de complementar os tratamentos convencionais de forma leve e serena. Seguindo as dicas práticas apresentadas neste artigo, é possível explorar a medicina sagrada de forma segura e consciente, e desfrutar de seus potenciais benefícios terapêuticos.

Não deixe de ler: Lemon tek